O número de casos confirmados do novo coronavírus no planeta ultrapassou 1 milhão nesta quinta-feira (2) e a Covid-19 já matou mais de 52 mil pessoas. Itália, Espanha e Estados Unidos, nesta ordem, têm o maior número de mortes. A contagem é da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirma quase 8 mil casos e registra oficialmente 299 mortos. Mas o número real de vítimas é maior. Depois da divulgação de dados oficiais do Ministério da Saúde, o governo de São Paulo anunciou o resultado dos testes em dezenas de pacientes que morreram com a suspeita da Covid-19.
Eram 201 testes de pessoas que morreram com suspeita de Covid-19 prometidos para esta quinta-feira (2). O Instituto Adolfo Lutz conseguiu processar pouco menos da metade: 93. Desses, 20 deram positivo para a doença, o que eleva o total de mortos em São Paulo para 208.
Cerca de 16 mil exames de casos suspeitos ainda aguardam análise no instituto, que atende à rede pública e particular.
“Qual que é o maior gargalo hoje? São os insumos. Da mesma forma que nós temos dificuldade pra outros insumos, respiradores. Existe uma falta de reagentes no mercado internacional. A secretaria tem compras em andamento, mas as companhias não conseguem entregar”, disse o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Para agilizar os diagnósticos do novo coronavírus, São Paulo criou uma rede estadual de dez laboratórios para fazer os exames. A coordenação é do Instituto Butantan, que só nesta quinta-feira (2) conseguiu a certificação estadual. A meta é chegar a dez mil exames por dia.
Oito laboratórios públicos já estão habilitados. Dois ainda aguardam a certificação do governo. Laboratórios particulares também devem integrar a rede em breve.
“Nós temos que fazer o sistema funcionar, automatizar, esse é um aspecto importante, por isso que estão sendo comprados equipamentos e reagentes. O prazo máximo que se espera para esses exames é de 24 a 48 horas no máximo”, disse Dimas
O governo também vai comprar 1,3 milhão de testes da Coreia do Sul. Quase metade deve chegar na primeira quinzena de abril. O estado diz que trabalha pra zerar a fila de testes o mais rápido possível.
“Nós não podemos ter esses exames represados porque eles refletem em tempo real a evolução da epidemia. Não temos motivo pra ficar atrasando um parte importantíssima do combate à epidemia”, afirma Dimas.
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